Uma grande penalidade “descoberta” pela VAR Cláudia Ribeiro, favorável ao Braga quando decorria o quarto minuto do tempo de compensação dado pelo árbitro Cláudio Pereira, foi determinante para que o Braga conseguisse levar do Estádio de Alvalade um empate frente ao Sporting (1-1). O castigo máximo foi assinalado depois do árbitro ter confirmado a existência de um puxão de Hjulmand sobre Lagerbielke na pequena-área e na transformação da grande penalidade, Zalazar fez o golo do empate quando já muitos adeptos leoninos tinham abandonado o Estádio de Alvalade, convencidos que a sua equipa iria vencer a partida. A verdade é que Zalazar não vacilou, rematou para o lado esquerdo de Rui Silva, o guardião dos leões ainda adivinhou o lado para onde se deveria lançar, mas a bola, rematada com força e bem encostada ao poste, não permitiu a defesa do guarda-redes sportinguista, acabando o Sp. Braga por empatar a partida.
O penálti veio permitir o empate e a divisão de pontos, mas a verdade é que o Sporting começou a perder a possibilidade de conquistar os três pontos, através da vitória, quando facilitou a tarefa bracarense, apresentando uma exibição pouco empenhada, permitindo que a formação visitante controlasse o jogo e tivesse mais posse de bola.
Ao intervalo, os bracarenses recolheram aos balneários depois de 45 minutos em que tiveram mais de 60% de posse de bola, e se é verdade que o Sporting até foi quem marcou primeiro, por intermédio do colombiano Luis Suárez, ao minuto 19′, também é verdade que não houve a preocupação do Sporting em consolidar o resultado, permitindo que o Braga, aos poucos, controlasse a partida com o domínio do meio-campo e, a partir daí, com a criação das melhores oportunidades.











A defender com uma linha de quatro defesas, muitas vezes transformada numa linha de cinco elementos com Quenda a ter que recuar para fechar o corredor ofensivo bracarense, o Sporting tinha em Luis Suárez um dos elementos mais esclarecidos numa equipa em que Trincão passou ao lado do jogo, Pedro Gonçalves esteve muitos furos abaixo do que sabe e pode, e Hjulmand, normalmente o “motor” do Sporting, mostrou neste jogo estar num fraco momento de forma, o que afectou e muito a capacidade de produção do jogo leonino.
Do lado do Sp. Braga, João Moutinho, sem se mostrar minimamente afectado pelos assobios dos adeptos leoninos de cada vez que tinha a bola, foi sempre um pêndulo do jogo bracarense, apoiado por Lagerbielke e Florian Grillitsch, num meio-campo capaz e pressionante, a servir em bom nível os lances ofensivos de Zalazar, sem dúvida o melhor elemento em campo durante esta partida.
Luis Suarez foi pouco acompanhado no querer leonino
Num jogo muito disputado a meio-campo, acabou por ser o Sporting, através de Luis Suárez, a fazer o golo inaugural da partida para os leões, depois de um excelente apontamento de Pedro Gonçalves ao minuto 19’. A bola sobrou para o avançado colombiano e este, oportuno, abriu a contagem com o primeiro golo a surgir num jogo que, até então, estava a ser particularmente disputado no meio-campo, com o Sporting a pressionar pouco e o Braga a segurar a posse de bola bem perto da baliza contrária.











Sobre o final do primeiro tempo, numa rápida transição em contra-ataque, a equipa do Sporting permitiu que a bola chegasse até junto de Pedro Gonçalves que tentou um remate de trivela deixando a ilusão no remate que a bola poderia entrar de novo na baliza de Hornicek, o que seria claramente injusto face ao melhor jogo que o Braga conseguiu na primeira metade do jogo. A bola acabou por sair pela linha de fundo e os leões mantiveram a vantagem mínima.
Para o segundo tempo, e talvez porque o jogo terminou com o Sporting de Braga a ter mais posse de bola, a turma arsenalista quis entrar em campo mais afoita, apostando então na colocação em campo de Fran Navarro no lugar de Pau Victor. E logo no primeiro lance do segundo tempo, Vítor Carvalho apareceu a cabecear a bola para a baliza leonina, acabando aquela por sairpela linha de fundo mas muito perto do poste esquerdo da baliza à guarda de Rui Silva, ficando a formação visitante à beira do golo do empate.
Zalazar ficava isolado mas o árbitro ignorou o lance
À passagem do minuto 63 um dos “casos” do jogo quando Zalazar cai à entrada da área e fica a pedir penálti. O árbitro nada assinala, a VAR, porventura porque a falta foi cometida ainda antes da linha de grande-área, terá entendido que o lance estava fora do protocolo que permite a sua intervenção e nada disse, mas a verdade é que o jogador do Sporting de Braga ficaria isolado em frente a Rui Silva numa oportunidade clara de golo, pelo que a falta teria que ser assinalada estando em causa um cartão vermelho para um jogador do Sporting. Na sequência do lance, Leonardo Lelo comete falta sobre Quenda e o árbitro Cláudio Pereira ignora o lance inicial que deveria ter outra análise.











O jogo aparecia agora, por esta altura, algo partido, com algumas oportunidades a sucederem-se junto de uma e outra baliza, primeiro com Vagiannidis a ter tudo para fazer o segundo golo, falhando de forma inacreditável com a baliza à sua mercê depois de um passe com selo de golo por Pedro Gonçalves, e depois, ao minuto 53′, com Rui Silva a fazer uma enorme defesa, negando o golo a Leonardo Lelo, naquele que seria o empate que o Sporting de Braga já merecia por esta altura.
Rui Borges continuava a desesperar sem conseguir incutir outra atitude aos seus jogadores, vendo a equipa cair nos erros que levou a que ele próprio tecesse fortes críticas aos seus pupilos no final do jogo da jornada anterior, e Carlos Vicens, o treinador bracarense, surpreendia ao tirar João Moutinho, ele que estava a ser o motor do meio-campo da turma visitante, para a entrada de Gorby. Rui Borges respondia com as saídas de Trincão e Morita para as entradas de Alisson e Kochorashvili, apostando pouco depois em Ioannidis por troca com Luis Suárez, mantendo-se o jogo aberto para os 46.631 espectadores que preencheram as bancadas do Estádio de Alvalade.
Em cima do minuto 90′ a equipa leonina sofreu novas mudanças, com as entradas de Fresneda e Geny Catamo por troca com Vagiannidis e Quenda, o árbitro deu mais cinco minutos de compensação com o a turma da cidade dos arcebispos a mostrar-se mais esclarecida, e a partida entraria no período em que viria a ser “resolvida”.





Primeiro foi o Sporting de Braga a beneficiar de um pontapé livre bem perto da linha limite da área dos leões, dando a possibilidade a que bola fosse bombeada para dentro da área causando perigo para a baliza de Rui Silva, o lance decorreu aparentemente sem problemas para o Sporting, só que a VAR Cláudia Ribeiro viu a forma como Hjulmand, à margem das leis, puxou a camisola de Lagerbielke, impedindo que este saltasse à bola. Chamado o árbitro ao minuto, este concordou com a visão da VAR, assinalou a grande penalidade e as bancadas de Alvalade congelavam em face da possibilidade do Sporting sofrer um golo já sem tempo para reagir.
Empate para o Braga surgiu em cima do fim do jogo
Zalazar assumiu a responsabilidade de bater o castigo máximo… e marcou! Rui Silva ainda adivinhou o lado para o qual o jogador bracarense rematou, mas a bola foi muito encostada ao poste direito da baliza leonina e o empate passou a ser uma realidade a dois minutos do fim do tempo de compensação. O Sporting ainda tentou reagir enquanto a festa era feita pelos cerca de mil adeptos do Sporting de Braga que viajaram desde a cidade dos arcebispos. Alisson Santos, no último minuto, rematou forte para a baliza de Hornicek, mas a bola saiu por cima da trave perdendo a equipa da casa o que seria o golo da vitória.
Num jogo em que foi recordada a luta contra o cancro da mama, com a equipa do Sporting a vestir um equipamento alternativo em branco como calções e vivos na camisola em cor de rosa, nenhuma das equipa conseguiu a vitória, acabando por se registar um empate a um golo, particularmente Justi para o Sporting de Braga.










Quanto à causa que esteve na retaguarda deste jogo, ficou a mensagem para todos sobre uma doença que vai afectar, segundo as estatísticas, uma em cada oito mulheres ao longo da sua vida. E como de pôde ouvir na instalação sonora de Alvalade, “podemos virar o jogo contra o cancro da mama“, motivo pelo qual todas as mulheres, mas também os homens pois o cancro da mama não é exclusivo do género feminino, devem fazer o rastreio deste problema oncológico até porque este problema pode surgir sem aviso e sem sintomas prévios.









