Portugal garantiu esta sexta-feira o primeiro lugar do grupo e o consequente apuramento para os quartos de final da Liga das Nações ao vencer a Polónia por um claro 5-1, um resultado construído no segundo tempo do jogo disputado no Estádio da Dragão, depois de um primeiro tempo sem golos em que, a bem da verdade, a Turma das Quinas realizou um jogo medíocre, muito diferente daquilo que veio a conseguir depois do intervalo.
À partida para este embate, Portugal, que precisava apenas de um pontos para garantir o seu objectivo de vencer o grupo A1 de qualificação da Liga Europa, ou nem isso caso a Croácia não vencesse a Escócia no jogo entre ambas, surgiu em campo com um onze formado por Diogo Costa; Diogo Dalot, António Silva, Renato Veiga e Nuno Mendes; Bruno Fernandes, João Neves e Bernardo Silva; Pedro Neto, Cristiano Ronaldo e Rafael Leão. Do outro lado, a Polónia, que não pôde contar com a sua figura principal, o avançado Lewandowski, surgiu no relvado do Dragão com Bulka; Piakowski, Bednarek e Kiwior; Bereszynski, Szymanski, Romanczuk, Zielenski e Zalewski; Piatek e Urbanski.




Numa noite particularmente chuvosa na cidade do Porto, o primeiro tempo do jogo decorreu sem grande emoção e com muitos erros de parte a parte, nomeadamente da formação de Portugal que sentia algumas dificuldades em ligar o seu jogo por forma a criar oportunidade de golo junto à baliza de Bulka. Ao invés, a Polónia ainda assustou o último reduto da Turma das Quinas onde Diogo Costa foi o garante do nulo até ao intervalo, assinando algumas defesas de elevado nível de dificuldade.
Roberto Martinez, o selecionador de Portugal, acabou assim por fazer uma alteração ao intervalo, deixando no balneário o jovem João Neves, médio do Paris Saint-Germain que já tinha visto um cartão amarelo, para apostar em outro internacional português proveniente do mesmo clube, Vitinha, e a verdade é que a nossa Seleção ganhou outra rapidez de execução, com o jogo a ficar mais vivo e a bola a andar mais perto do golo. Ainda assim, a primeira grande oportunidade de golo no segundo tempo foi para a Polónia, com Diogo Costa a assinar nova defesa de elevado nível ao minuto 58′, em resposta a um remate de Marczuk.
A Polónia não marcou e Portugal respondeu logo no minuto seguinte, num lance em que brilhou Rafael Leão. O extremo-esquerdo do AC Milan iniciou um lance de ataque na transição do meio-campo, combinou com Nuno Mendes e este, com um cruzamento “com olhos”, colocou a bola a preceito para a entrada de cabeça de Rafael Leão, que assim fez o primeiro golo para Portugal. A Turma das Quinas passava finalmente para a frente do marcador e ganhava outra tranquilidade num jogo que podia, a partir dali, controlar de forma mais efectiva.




Foi, aliás, isso mesmo que aconteceu, com Portugal a dominar e a encostar a Polónia ao seu meio-campo defensivo. Perante os 47.239 espectadores nas bancadas do Estádio do Dragão, a Turma das Quinas assumiu finalmente de forma eficaz o comando do jogo que passou a decorrer preferencialmente junto à baliza de Bulka.
À passagem do minuto 71′, Kiwior cortou com o braço dentro da área de baliza da Polónia um remate de Dalot, o árbitro assinalou de imediato o castigo máximo, e na transformação do mesmo o capitão de Portugal, Cristiano Ronaldo, rematou para o meio da baliza a meia altura, com o guardião polaco a atirar-se para a esquerda, convertendo assim Portugal o 2-0 nesta partida.
Roberto Martinez resolveu então fazer sair do jogo Bernardo Silva, apostando em Samu Costa, e pouco depois, ao minuto 80, Bruno Fernandes, com um remate de meia-distância, a uns bons trinta metros da baliza polaca, assinou o terceiro golo de Portugal, um golaço de um jogador que, na verdade, tinha até ali andado algo “escondido” do jogo, acabando por aparecer a fazer a diferença com um golo de belo efeito que colocava a Turma das Quinas a vencer por 3-0.




Portugal tinha por esta altura o jogo perfeitamente controlado, faltavam pouco mais de 10 minutos para o final da partida, naturalmente se tivéssemos em conta os descontos que o juiz da partida teria que dar pelas substituições realizadas e por duas invasões de campo que se verificaram nesta partida, com sempre por parte de “entusiastas” que quiseram chegar perto de Cristiano Ronaldo, e se dúvidas existissem quanto ao desfecho final do jogo, Pedro Neto resolveu dar-lhe contornos de goleada com o quarto golo ao minuto 83′, num remate forte desferido a partir do corredor direito para o primeiro poste.
Portugal vencia, goleava, e só faltava a cereja no topo do bolo, algo que foi conseguido por Cristiano Ronaldo ao minuto 87′ com um golo magnífico, apontado com um pontapé de bicicleta de belo efeito, um gesto técnico que o capitão da Seleção realizou na perfeição depois de um cruzamento de Vitinha a partir do lado direito para o segundo poste onde apareceu o capitão e camisola 7 de Portugal a fechar a contagem com o referido pontapé de bicicleta concretizando o 5-0.
Roberto Martinez, que pelo meio ainda teve oportunidade de chamar ao jogo Trincão, João Félix e Nuno Tavares, a quem permitiu mais uma internacionalização, viu assim a Turma das Quinas vencer com inteira justiça a congénere polaca, num jogo que valeu para Portugal pelo segundo tempo, depois de uma primeira metade medíocre e sem chama, na qual Portugal raramente conseguiu estar ao nível dos seus pergaminhos.





Quanto à Polónia, que nos primeiros 45 minutos perdeu a oportunidade de conseguir um resultado que lhe fosse favorável, acabou cilindrada pra Seleção de Portugal quando esta finalmente acordou para o triunfo com goleada.
Notas de destaque naturalmente para Cristiano Ronaldo, pelos dois golos marcados, mas também para Vitinha, pelo “coração” que veio permitir ao meio-campo de Portugal, ou ainda para Nuno Mendes, um lateral que esteve simplesmente impecável nas suas acções em campo.
Portugal volta a jogar já na segunda-feira em Split, frente à seleção da Croácia, num jogo que para a Turma das Quinas será apenas para cumprir calendário.
















