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Luto nacional e pesar pela morte de Francisco

O Governo português vai decretar luto nacional pela morte do Papa Francisco, aos 88 anos. O Presidente da República fala ao país às 20h00.

Numa simples linha, a página da Presidência da República dá nota que “o Presidente da República falará hoje ao País, sobre a morte do Papa Francisco, pelas 20h00”. Marcelo Rebelo de Sousa, católico convicto e praticante, recebeu o chefe da Igreja Católica há dois anos, por ocasião das Jornadas Mundiais da Juventude, em Lisboa.

Em reação à morte do Papa, o Governo anunciou que vai decretar luto nacional, além de apresentar “as mais sentidas condolências de Portugal à Santa Sé e a todos os Católicos do mundo, entre os quais tantos milhões de portugueses.”

Na página oficial do Governo, escreve-se que “Francisco foi um Papa extraordinário, que deixa um singular legado de humanismo, empatia, compaixão e proximidade às pessoas. As suas visitas a Portugal, no Centenário das aparições de Nossa Senhora em Fátima e na Jornada Mundial da Juventude, marcaram o nosso país e geraram uma ligação muito forte do povo português com Sua Santidade.”

Já o patriarca de Lisboa, Rui Valério, recorda o “abraço caloroso, os gestos incansáveis, a alegria contagiante” do Papa Francisco durante a Jornada Mundial da Juventude que teve lugar na capital portuguesa em agosto de 2023.

Rui Valério escreve que foi “com dor” que recebeu a notícia da morte do Papa, cujo “magistério e os seus gestos permanecem na nossa memória e elevamos a Deus um hino de gratidão por estes anos em que a Igreja foi pastoreada pelo seu esmero e dedicação incansáveis, como todos pudemos testemunhar.”

O patriarca de Lisboa convoca “todos os diocesanos do Patriarcado de Lisboa para uma missa em sufrágio na Sé de Lisboa, hoje, dia 21 de abril, segunda-feira, às 21:00”.

Pesar na política

O ex-Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, reagiu “com profundo pesar” à morte do Papa Francisco, lembrando que representou “Portugal na Missa de início do seu pontificado, em Março de 2013. No breve encontro que tivemos no final da Missa, surpreendeu-me a sua naturalidade e afabilidade, diferente da dos dois Papas que antes conhecera.”

“Ao longo dos seus 12 anos de pontificado, o Papa Francisco surpreendeu-nos com palavras fortes e imagens desconcertantes que desafiaram convenções e acomodações. A mensagem de enorme humanidade do Papa Bergoglio foi-nos alertando para a forma como lidamos com os mais desfavorecidos da sociedade, sempre no centro das suas preocupações, e para a forma como lidamos com o Mundo, que devemos preservar da destruição”, acrescenta Cavaco Silva em comunicado.

Em plena pré-campanha eleitoral, os líderes políticos também exprimem o seu pesar pela morte do Papa. O secretário-geral do PS enaltece a “voz corajosa” em defesa da justiça, dignidade humana e paz, considerando que foi um papa dos pobres e dos excluídos, cujo legado “ficará para sempre inscrito na história”.

“Foi com profunda consternação que recebi a notícia da morte de Sua Santidade o Papa Francisco. Ao longo do seu pontificado, o Papa Francisco foi uma voz corajosa em defesa da justiça social, da dignidade humana e da paz”, refere Pedro Nuno Santos através das redes sociais.

Através da rede social X, André Ventura, líder do Chega, assume que “hoje é um dia de tristeza e sofrimento para os cristãos do mundo inteiro”.

“O Papa Francisco deixa uma marca inspiradora de proximidade e simplicidade que a todos tocou profundamente. Que a sua vida intensa seja um exemplo para todos os que querem servir a causa pública!”, escreve André Ventura.

Na mesma rede X, o líder da Iniciativa Liberal lamenta “profundamente a notícia da morte do Papa Francisco”. Rui Rocha escreve que os seus “pensamentos estão com a nossa comunidade católica, com a Igreja Católica, com o Vaticano e com aqueles que o Papa Francisco inspirou em todo o mundo. A todos, apresento as mais sentidas condolências.”

Mais à esquerda, o PCP realça, em comunicado, “um Papa que marcou a Igreja, os católicos e outros cristãos nesta fase da história da humanidade com uma grande proximidade às causas da Paz, de defesa dos direitos económicos e sociais e de justiça para os excluídos desta sociedade ‘submetida a interesses financeiros'”.

Em comunicado, os comunistas portugueses lamentam o falecimento do líder da Igreja Católica, apresentando “as suas condolências a todos os católicos.”

Mariana Mortágua, líder do Bloco de Esquerda, assinala que Francisco “pediu a Paz. Nos últimos dias, exigiu o cessar-fogo em Gaza e opôs-se à corrida ao armamento”, além de ter condenado “o ódio contra imigrantes e a ‘economia que mata’. Fez opção pelos pobres e pelo cuidado da Terra, casa comum. Crentes ou não crentes, a todos Francisco deu esperança.”

“Pediu a Paz. Nos últimos dias, exigiu o cessar-fogo em Gaza e opôs-se à corrida ao armamento”, assinala a líder do Bloco de Esquerda numa publicação nas redes sociais.

“Condenou o ódio contra imigrantes e a ‘economia que mata’. Fez opção pelos pobres e pelo cuidado da Terra, casa comum. Crentes ou não crentes, a todos Francisco deu esperança.”

Anfitrião do Papa, há dois anos, nas Jornadas Mundiais da Juventude, Carlos Moedas, presidente da Câmara de Lisboa recorda esses momentos que partilhou com Francisco pela “simplicidade” do chefe da Igreja Católica.

À Rádio Observador, Moedas lembra que o Papa “teve a perceção, quando o encontrei, de que havia controvérsia na vinda dele. Tocou-me na mão e disse-me que íamos conseguir e que os dias iriam ser bonitos.”

Maçonaria e futebol

Entre as múltiplas reações em Portugal à morte do Papa Francisco, o Grande Oriente Lusitano, a mais antiga obediência maçónica nacional “as suas condolências aos dignitários da Igreja Católica pelo falecimento”.

Fernando Cabecinha, em comunicado, refere, na qualidade de grão-mestre do Grande Oriente Lusitano, que Francisco “era um homem de exceção, defensor da dignidade do ser humano e um adepto fervoroso da fraternidade entre os homens.”

Por seu turno, a Federação Portuguesa de Futebol, lembra o Papa, desejando que “o seu legado de fraternidade seja seguido e honrado”.

Numa mensagem divulgada na página oficial da Federação, o presidente Pedro Proença lembra “um Homem de causas que, com a sua simplicidade e humildade, teve a capacidade de tocar o Mundo, acima de qualquer credo religioso. Que o seu legado de fraternidade seja seguido e honrado, assim como o seu ideal de uma Igreja para todos.”

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