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FC Porto garante vitória da eficácia sobre o Sp. Braga

Num domingo de futebol no Estádio do Dragão, o FC Porto proporcionou uma lição de eficácia futebolística ao derrotar o Sporting Braga por 2-1, num jogo da 10.ª jornada da Liga Betclic que desafiou a lógica dominante dos relvados. Perante uma audiência de 48.473 espectadores, a equipa da casa, perante uma posse de bola esmagadoramente favorável aos visitantes (67% contra 33%), soube sofrer, esperar pela sua oportunidade e matar o jogo com um golpe certeiro quando até já jogava para garantir pelo menos o empate, provando que o futebol não se joga apenas com a bola nos pés.

O encontro começou, e assim se manteria por grande parte da sua duração, sob o domínio tático do SC Braga. Carlos Vicens, o técnico dos bracarenses, pareceu ter encontrado o antídoto para o jogo do FC Porto de Francesco Farioli, controlando o meio-campo onde Froholdt está ultimamente menos produtivo e anulando as linhas de passe habituais dos dragões. A equipa visitante, que chegava a Porto invicta há seis jogos, traduziu esta superioridade no marcador ainda na primeira parte, ainda que de forma contraproducente.

Contra a corrente do jogo, contudo, aos 45 minutos, numa transição rápida e letal do FC Porto, Rodrigo Mora desviou uma bola rematada por Samu Aghehowa e permitiu que a bola entrasse junto ao poste esquerdo da baliza bracarense, colocando com isso os dragões em vantagem no marcador. Foi um murro no estômago da equipa visitante que até ali tinha sido dona e senhora do jogo.

O Sp Braga não se deixou abater e regressou para a segunda parte com a mesma determinação. Aos 51 minutos, a reação materializou-se em lindo estilo. Victor Gómez, na sequência de um pontapé de canto em que a bola foi enviada ao segundo poste, recebe uma assistência de Rodrigo Zalazar para, com um cabreceamento, bater Diogo Costa e devolver a igualdade ao marcador.

O golo era merecido e parecia colocar tudo no seu devido lugar, anunciando uma conclusão frenética ao jogo. A equipa de Braga continuava a pressionar, procurando a vitória, enquanto o FC Porto parecia resignado a administrar o empate.

Contudo, o futebol é o território do imprevisível. Francesco Farioli mexeu no banco, introduzindo Gabri Veiga, e a alteração revelar-se-ia profética. Aos 79 minutos, numa jogada aparentemente inofensiva, Veiga lançou uma bola longa e precisa na direção do recém-entrado Borja Sainz.

O avançado, com inteligência, controlou a bola, ultrapassou o defesa Victor Gómez depois de uma abordagem deste altamente deficiente e, já dentro da área, rematou com frieza para as redes, decidindo o encontro. Foi um golpe de misericórdia para uma equipa do Braga que, apesar de ter terminado o jogo com mais remates (10 contra 9) e uma posse de bola avassaladora, viu a eficácia portista ditar o resultado final.

Para o SC Braga, esta derrota significa o fim de uma série invicta de seis jogos e a amarga confirmação de que a dominação do jogo nem sempre se traduz em pontos. Para o FC Porto, a vitória, a nona em dez jornadas, é a consolidação de um campeonato quase perfeito e a demonstração de uma maturidade competitiva rara. No final, os números no marcador são o que permanecem para a história, e estes contam uma vitória dos dragões, uma narrativa de resistência e eficácia que, para desespero do Braga, se sobrepôs a tudo o resto.

Portistas e bracarenses terão agora que se preocupar com os respectivos compromissos na Liga Europa, na próxima quinta-feira, altura em que a equipa do FC Porto irá ter que se deslocar ao terreno do Utrech, enquanto que o Sp Braga terá que receber os belgas do Genk no Municipal de Braga nessa mesma quinta-feira.

texto: Jorge Reis
fotos: João Mota

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