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Estrela e Alverca dividem pontos em jogo muito baixinho

O Estrela da Amadora empataram esta segunda-feira a dois golos no penúltimo jogo da terceira jornada do campeonato da I Liga (a jornada terminará no dia 6 de Setembro com o embate entre Estoril Praia e Santa Clara), um jogo particularmente “baixinho” quer pela fraca qualidade emprestada à partida pelos dois conjuntos, quer pelo conjunto de peripécias que marcou o encontro, quer também pela arbitragem do árbitro Ricardo Baixinho que, depois de ter sido protagonista no jogo em que exibiu nove cartões amarelos e dois vermelhos, um deles direto, acabou por abandonar a partida, lesionado, dando o seu lugar ao quarto árbitro, Flávio Duarte, que terminou a partida na sua fase final e nos 12 minutos (!!!) dados de compensação da mesma.

Pleno de peripécias, para além da substituição do árbitro que se lesionou depois de ter sido abalroado por um jogador do Estrela da Amadora num lance em que outros dois jogadores, um de cada equipa, ficaram lesionados depois de um choque entre ambos, houve tempo para quase tudo menos para jogar futebol de qualidade.

Em termos práticos, com quatro golos marcados, uma grande penalidade falhada e duas equipas que procuraram aproveitar as oportunidades criadas para colocar a bola nas costas das defesas contrárias, o jogo até acabou por ganhar algum interesse, sentando que este bem superior à qualidade do futebol praticado numa partida com pouquíssimo tempo útil de jogo, tantas foram as paragens para as faltas cometidas, os cartões exibidos e os jogadores assistidos dentro das quatro linhas. Ora, sem qualidade, restaram os golos e a incerteza quanto ao vencedor final para animar os 6.411 adeptos que se instalaram nas bancadas do Estádio José Gomes, na Reboleira, que no final deixaram o recinto com a convicção de que ambas as equipas precisam de dar muito mais para darem continuidade à sua presença no escalão maior da I Liga.

Sobre o jogo propriamente dito, o técnico do Estrela da Amadora, José Faria, escalou um onze no seu já habitual 3x5x3, com o guarda-redes Renan Ribeiro, uma linha de três centrais formada por Bernardo Schappo, Luan Patrick e Chernev, ainda Lopes Cabral, Paulo Moreira, Abhrahm Marcus, Jovane Cabral e Fábio Ronaldo, sobrando para as acções ofensivas Ianis Stoica e João Gastão. Do outro lado, o técnico Custódio Castro apresentou uma equipa também com uma linha de três centrais, mas quatro médios, aparecendo três homens na frente com a missão de criarem oportunidades de golos junto da baliza dos tricolores. Jogaram assim o guarda-redes André Gomes, ele que no segundo tempo assinou uma defesa de enorme nível, ainda Naves, Sergi Gómez e Bastien Meupiyou na defesa, também Nabil, Alex Amorim, Tomás Mendes e Isaac James na linha média, aparecendo então na frente Cédric Nuozzi, Milovanovic e Chiquinho.

Com alguns casos e os cartões amarelos a saltarem com demasiada facilidade do bolso do árbitro Ricardo Baixinho, numa partida em que o relvado não ajudou ao melhor futebol e provocou por vezes choques mais aparatosos com os cartões a surgirem mais por isso do que por cargas violentas que nem sequer existiram, a equipa visitante começou por construir uma vantagem que parecia permitir a primeira vitória no presente campeonato aos homens de Alverca. Ao minuto 37′, o belga Nouozzi fez o primeiro golo, na resposta a um cruzamento proveniente do lado esquerdo do ataque dos ribatejanos em que Isaac James cruzou para o encosto do avançado belga. Depois, já nos minutos de compensação, aos

Aí está o primeiro golo. O Alverca simplificou o seu jogo e chegou à vantagem, com Isaac James a descer pela esquerda até à linha de fundo e a cruzar atrasado para a entrada de rompante do belga Nouozzi que só teve de encostar. Depois, aos 45’+04′, Marco Milovanovic, na resposta a um passe de algo atabalhoado de Chiquinho, conseguiu aparecer isolado em frente a Renan Ribeiro para fazer o segundo golo da equipa forasteira. Só que o árbitro, que havia dado mais quatro minutos, acabou por permitir que o jogo fosse até aos 45’+08′, altura em que Fábio Ronaldo, de calcanhar, fez o primeiro golo do Estrela, num lance que obrigou a trabalho prolongado por parte do VAR que esteve pelo menos seis minutos a colocar linhas e a analisar a validade do golo. Ricardo Baixinho acabou por dar indicação de golo, e o Alverca recolheu aos balneários da Reboleira com uma vantagem tangencial para o segundo tempo.

O Estrela da Amadora acabaria por começar a etapa complementar da pior forma, com Paulo Moreira a ter uma entrada duríssima sobre Tomás Mendes, levando o árbitro a exibir um cartão vermelho direto ao jogador do conjunto tricolor. Contudo, ainda que em inferioridade numérica, o Estrela da Amadora passou a controlar o jogo, mantendo a bola longe do seu guarda-redes, procurando o golo que viria a permitir a igualdade no marcador. E a verdade é que a primeira oportunidade para que o Estrela da Amadora chegasse à igualdade surgiu mesmo ao minuto 59′, quando Kikas, entretanto chamado ao jogo por troca com Ianis Stoica, teve ao seu dispor uma grande penalidade em que atirou a bola à trave da baliza de André Gomes.

Ao minuto 62′ o central do Alverca Kaiky Neves viu o segundo cartão amarelo e o consequente vermelho, e dois minutos depois, já com ambas as equipas a jogarem apenas com 10 elementos de cada lado, o cabo-verdiano Lopes Cabral, na conversão de um pontapé livre a partir do lado esquerdo, desferiu um remate perfeito, com a bola a sair em força e colocada ao interior da malha lateral junto ao ponte mais distante da baliza do Alverca, sem hipótese de defesa para André Gomes. O Estrela da Amadora chegava assim ao empate, com um golo que fica para ser revisto na internet ou onde for possível, tal foi a qualidade do pontapé do ala esquerdo do Estrela da Amadora.

A partir dali, e com as duas equipas empatadas, a qualidade do jogo, que nunca fora demasiado elevada, caiu de forma estrondosa, afectada naturalmente pelo cansaço dos dois conjuntos que se mostravam contentes com a divisão de pontos.

Para complicar a partida veio a lesão do árbitro Ricardo Baixinho, ao minuto 77′.ele que foi assistido e procurou ficar am campo, mas acabou por dar o seu lugar ao quarto árbitro à passagem do minuto 90′. A equipa de arbitragem deu mais 10 minutos de compensação, acabando a partida por terminar com Estrela e Alverca empatadas a dois golos, numa noite algo fria na Reboleira em que nem o futebol praticado ajudou a disfarçar a temperatura mais bixa que se fez sentir.

texto: Jorge Reis
fotos: Diogo Faria Reis e Luís Moreira Duarte

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