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FC Porto vence Rio Ave na sexta vitória seguida de Farioli

Intensidade, agressividade e bom trabalho na preparação dos lances de bola parada, assim se pode resumir a receita deste FC Porto, agora às ordens de Francesco Farioli, que esta sexta-feira garantiu em Vila do Conde uma vitória sobre o Rio Ave, por 3-0, o sexto triunfo consecutivo dos dragões às ordens do treinador italiano que coloca a turma portista isolada na liderança do campeonato da I Liga com 18 pontos.

Mexendo de forma cirúrgica no seu onze, deixando de fora Rodrigo Mora e apostando no já recuperado Gabri Veiga, o treinador dos azuis e brancos reafirmou o conhecimento que possui dos seus jogadores, recebendo da parte destes uma resposta positiva pela forma como jogaram em termos individuais mas também enquanto equipa, anulando o Rio Ave e garantindo uma vitória justa e sem contestação.

Logo aos quatro minutos, a partir de um pontapé de canto batido por Gabri Veiga, sem dúvida o homem que voltou à titularidade para ser merecidamente nomeado no final desta partida como o homem do jogo, o FC Porto mostrava estar a aproveitar muito bem todo o “trabalho de casa” exigido por Farioli aos seus pupilos. Com Alan Varela a aparecer na zona de intervenção do guarda-redes Miszta, uma pequena-área bem povoada e com o dominicano Pablo Rosário a ficar solto para apostar na finalização, este cumpriu a sua missão e estreou-se a marcar pelo FC Porto.

Quando o Rio Ave procurava erguer-se do golo sofrido e assentar o seu jogo, ao minuto 14′, eis que um novo pontapé de canto, uma vez mais batido por Gabri Veiga mas agora para o segundo poste, levou a bola ao encontro de Samu para este se mostrar letal, resolvendo o jogo no primeiro quarto de hora a favor da equipa visitante em Vila do Conde.

Gabri Veiga foi o motor da equipa portista

Com o equipamento alternativo num tom entre o salmão e o rosa, o FC Porto foi tudo menos a equipa fofinha que a cor do equipamento poderia sugerir, mostrando-se assertiva, dotada de um ritmo competitivo que neste momento nenhuma outra equipa da I Liga parece estar, justificando afinal a formação às ordens de Farioli a posição de liderança isolada do campeonato em que se encontra.

Com Diogo Costa na baliza, apoiado por uma linha defensiva formada por Pablo Rosario, Bednarek, Kiwior e Francisco Moura, surgindo depois Froholdt e Alan Varela no “miolo”, com Gabri Veiga, Pepê, Samu e Borja Sainz nas posições mais adiantadas, o FC Porto anulou desde muito cedo o Rio Ave e resolveu a contenda com os dois primeiros golos, num primeiro tempo em que só não fez mais por alguma infelicidade na concretização.

Já do lado do Rio Ave, apresentando-se como uma equipa bem distante daqueles conjuntos habitualmente oriundos de Vila do Conde que sem apresentaram tantas vezes capazes de bater o pé aos grandes do futebol português, principalmente no seu terreno, o técnico Sotiris Sylaidopoulos apostou em três novidades no onze inicial, nomeadamente os centrais Ntoi e Brabec e o médio Aguilera, eles que relegaram para fora da equipa inicial Panzo, Petrasso e Ole Pohlmann.

Miszta foi assim o guarda-redes, com uma linha de três centrais formada por Ntoi, Brabec e Abbey, surgindo na linha média Vrousai, Liavas, Aguilera e Nicos, atrás de uma linha ofensiva que pouco ou nada fez para justificar este adjectivo, e na qual surgiram inicial André Luiz, Spikic e Clayton. Sobre este último, avançado dos vilacondenses que entrou para este jogo com cinco golos já marcados na I Liga, o que o coloca como o melhor artilheiro do campeonato português, ficou neste jogo em claro, muito bem anulado pela defesa sólida e eficiente do FC Porto.

Aguilera foi o mais esclarecido no Rio Ave

Ao minuto 18, e depois de dois cantos sempre batidos por Gabri Veiga que deram em golo, um terceiro pontapé de canto voltou a ser batido pelo espanhol, agora com Borja Sainz a ter espaço para visar a baliza, desta feita com Miszta a aparecer no caminho da bola a evitar o terceiro golo. Os lances estava no entanto bem estudados pelos homens do FC Porto que facilmente se abeiravam da baliza do Rio Ave e quase sempre em lances perigosos para as redes da turma de Vila do Conde.

Em toda a primeira parte, apenas por cima vez o Rio Ave criou uma oportunidade de maior perigo para a baliza de Diogo Costa, à passagem do minuto 43′, quando Aguilera, porventura o jogador mais esclarecido da equipa da casa, rematou forte levando a bola a encontrar pelo caminho o central Kiwior, que assim impediu o golo para os homens do Rio Ave que pouco ou nada haviam feito até então que justificasse qualquer “prémio” no marcador.

Com 2-0 ao intervalo, o FC Porto entrou em campo na segunda parte com o mesmo ímpeto dominador com que estivera nos primeiros 45 minutos, ainda que Zaidu tenha entrado par o lugar de Alan Varela. Zaidu passava a ocupar o lugar de lateral direito, fazendo avançar Pablo Rosário para a posição antes ocupada por Varela. E foi com este esquema renovado que a turma portista aumentou o pecúlio ao conseguir o terceiro golo, ao minuto 52′, apontado por Gabri Veiga. Com uma movimentação assertiva, o espanhol que no primeiro tempo havia batido os pontapés de canto que resultaram em dois golos, aparecia no sítio certo para receber um passe de Pepê, dominando a bola e rematando de forma certeira para o 3-0.

Se dúvidas ainda existissem quanto à justiça do resultado, Froholdt, ao minuto 56′, só não fez o quarto golo do FC Porto porque a bola bateu com estrondo na trave da baliza do Rio Ave. Farioli mudava pouco depois algumas pedras da sua equipa, chamando ao jogo Eustáquio e Rodrigo Mora, por troca com Gabri Veiga e Pablo Rosário. A reação do público não poderia ter sido melhor, permitindo um enorme aplauso aos homens que saíram por aquela altura, aplaudindo igualmente a entrada do internacional pelo Canadá e, principalmente, de Mora, que entrou em campo com enorme fome de golos e assistências.

A verdade é que o resultado não viria a sofrer alterações, nem depois que Farioli tirou Samu para lhe permitir algum descanso, fazendo entrar para o seu lugar Deniz Gül. Pepê também saiu para a entrada de Alarcon, Miszta ainda fez uma enorme defesa após uma tentativa de finalização por parte de Borja Sainz, vindo o jogo a terminar com o triunfo claro e inteiramente merecido por parte do FC Porto por 3-0. O Rio Ave ficou muitos furos abaixo daquilo que se esperaria da sua prestação, com Aguilera e Liavas, ainda assim, a assinarem as exibições mais esforçadas, enquanto que, no FC Porto, todos estiveram a bom nível, com destaque para as exibições de Gabri Veiga, Samu e Pablo Rosário, eles que conseguiram premiar as respectivas prestações cada um com o seu respectivo golo para as suas contas individuais.

O FC Porto joga na próxima quinta-feira no terreno do Salzburgo, no arranque da fase de liga da Liga Europa, enquanto que o Rio terá que viajar até Lisboa já na terça-feira para defrontar o Benfica no Estádio da Luz, em partida de acerto de calendário referente ainda à primeira jornada da I Liga. Uma última nota para a prestação do árbitro Anzhony Rodrigues, estreante em jogos do FC Porto mas também do Rio Ave, e que, assistido por Andreia Sousa e David Moisés, com Rui Silva como VAR a partir da Cidade do Futebol, assinou uma exibição sem grandes sobressaltos, exibindo apenas por três vezes o cartão amarelo num jogo em que as duas equipas também não complicaram a sua prestação.

texto: Jorge Reis
fotos: João Mota

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